O caminho faz-se devagar, a pé ou de burro, pernas viradas para a escarpa, como as amazonas. Assim que o Aníbal Raposo chega à Fajã da Rocha da Relva, abre a porta de casa e sopra um búzio. O som ecoa pela encosta, avisando que está de volta.
Engenheiro reformado, poeta, músico e cantautor, Aníbal conhece a fajã como poucos. Planta vinhas e pomares para as gerações futuras, vive com o ritmo da terra e do mar, mantém vivas as tradições de um lugar onde cada gesto tem um significado ancestral.
No Octant PONTA DELGADA, sente-se esse mesmo respeito pela ilha – pela natureza, pela cultura e pelas histórias de quem, como Aníbal, ensina que viver o território é compreendê-lo e celebrá-lo todos os dias.
A fajã tem os seus códigos, vividos desde tempos ancestrais do início do desbravar da terra e do povoamento da Ilha. Terras férteis junto ao mar, de difícil acesso, celeiros para alimentar povoações e famílias a viver em povoações com melhores acessibilidades.