Joaquim Pimenta deixou uma das suas paixões, a mecânica automóvel, por um amor ainda maior transmitido pelo pai: o artesanato em pele. Reproduz os antigos sacos de levar a comida para os campos e fá-los tal e qual os viu serem trabalhados e decorados, para manter a tradição.
Rodeado de um pequeno museu de miniaturas herdadas do pai, executa de forma artesanal e autêntica cintos e carteiras. Joaquim é um dos poucos artesãos ainda a trabalhar em pele. Percorre as feiras do país numa caravana, acompanha-o a mulher Antónia, artesã ligada aos têxteis e a cadela Lili. Joaquim é feliz a levar por aí o que adora fazer. A oficina do Joaquim e da Antónia fica na sua casa em Nossa Senhora de Machede, ali a um instantinho do Octant ÉVORA e é mais um bom pretexto para visitarmos a Aldeia.
Joaquim Pimenta deixou uma das suas paixões, a mecânica automóvel por um amor mais antigo transmitido pelo seu pai, o artesanato em pele. A vida profissional de várias décadas na Renault e depois na Mercedes, em Évora, ficou para trás e dedicou-se de alma e coração à sua oficina. Os utensílios em grande parte herdou-os do pai, as tesouras de corte e a sovela para coser, por exemplo. Continua a usá-las. Recuperou as antigas mochilas em pele de levar a comida para os campos e fá-las tal qual as viu ser trabalhadas e decoradas, para manter a tradição. Assim como o safão, uma espécie de capa de pele para proteger as pernas na ceifa e atualmente usadas pelos caçadores. Trabalha apenas peles de animais de consumo alimentar humano, como vaca, ovelhas e cabra. Aliás, a utilização deste material evita desperdício e envio para aterro de peles que assim podem ter um uso mais sustentável. Cintos, carteiras e tudo o que se possa imaginar em pele natural, Joaquim faz da forma mais artesanal e autêntica rodeado de um pequeno museu com miniaturas criadas pelo pai, fotografias, diplomas e prémios. Sua referência maior, Júlio António Pimenta – o pai – foi um reconhecido e premiado artesão na arte de bem trabalhar a pele.
O filho Joaquim é provavelmente um dos únicos artesãos do país a continuar com esta tradição. Participa nas principais feiras nacionais de artesanato e de agricultura a divulgar as suas criações. Nos stands demostra ao vivo e vende os produtos. Nessas ocasiões, fica alojado numa caravana com todo o conforto da sua casa de Nossa Senhora de Machede. Muitas vezes, acompanha-o a mulher Antónia, artesã ligada aos têxteis e a cadela Lili. Joaquim é feliz porque faz o que gosta.